terça-feira, junho 23, 2009

Iranianos, Vascaínos e Flamenguistas


Nos últimos dias as recentes eleições presidenciais do Irã ocuparam um lugar de destaque na mídia nacional e internacional. Como resultado das suspeitas de fraude, milhares de iranianos, numa demonstração de inconformismo público até agora inimaginável num país controlado pelos poderosos aiatolás, saíram às ruas para pedir justiça. Até a metade da semana sete pessoas tinham perdido a vida.

Nosso presidente, numa entrevista concedida aos meios de comunicação em Genebra, minimizou a situação dizendo que o que estava acontecendo no Irã era apenas “uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”. Na verdade ele não está sozinho. Os governos da Coréia do Norte, Síria e Venezuela também acham que não houve nada de errado e já congratularam o presidente iraniano pela reeleição.

Os iranianos são os orgulhosos herdeiros do Império Persa, de milhares de anos atrás. Eles querem conquistar um lugar de destaque político e econômico no mundo, mas anseiam, ao mesmo tempo, por liberdade de expressão e justiça em todos os níveis.

Porém, muito além desta disputa política e social, se esconde outra realidade que raramente é mencionada pelos meios de comunicação: a perseguição que os cristãos iranianos sofrem desde que o Aiatolá Khomeini conquistou o poder no final da década de 70.

Nossos parceiros de ministério no Irã relataram, meses atrás, que um grande número de cristãos iranianos com os quais eles estão em contato está enfrentando muitas dificuldades. No final de janeiro uma das igrejas de Teerã foi fechada porque as autoridades estavam preocupadas com o número de ex-muçulmanos convertidos que estavam freqüentando a igreja. Além disto, as autoridades comunicaram aos líderes da igreja em Teerã e Karaj que os cristãos que deixassem o país para participar de conferências bíblicas ou cursos de discipulados seriam presos quando deixassem ou regressassem ao país.

Eles estão tentando usar o medo para controlar os cristãos. Isto sem contar aqueles que estão na prisão pelo “crime” de terem deixado o islamismo para seguir a Cristo.

Sem dúvida alguma precisamos orar por esta grande nação que durante tantos anos vive sob o regime do autoritarismo e do medo. Oremos por nossos irmãos iranianos, para que o Senhor lhes dê força e perseverança nos momentos de perseguição. Oremos para que, como igreja brasileira, sigamos tendo a visão de apoiar, de todas as maneiras possíveis, o corpo de Cristo que está no Irã e nos demais países muçulmanos.

Nele, para a extensão do Seu Reino,

Marcos Amado

Nossa participação na Missão de Deus


Deus quer fazer com que todas as famílias (ou povos) da terra sejam abençoadas (Gênesis 12.3) e nós, como cristãos, devemos fazer parte desta “missão” (Atos 1.8) que, na verdade, é do próprio Deus, que nos concede o privilégio de participarmos dela.

Quando pensamos nesta “Missão de Deus” vemos que os desafios que temos, no Brasil e no mundo, são imensos. Um líder cristão, em um de seus livros, resumiu estes desafios da seguinte maneira:

Em um mundo onde existem 27 milhões de escravos, um mundo onde 840 milhões de pessoas irão para a cama com fome hoje à noite porque não têm dinheiro para pagar uma refeição, em um mundo onde, anualmente, 1 milhão de pessoas cometem suicídio, em um mundo em que, só hoje, cerca de 4.500 pessoas vão morrer por causa da AIDS na África, Jesus quer salvar a igreja do exílio da irrelevância. Se temos qualquer recurso, qualquer poder, qualquer voz, qualquer influência, qualquer energia, precisamos converter isso em bênçãos para aqueles que não têm poder, não têm voz, não têm influência.


Além destes aspectos “materiais”, alguns estudiosos afirmam que, no Ocidente, há uma marcada manifestação de declínio moral que inclui:

Aumento do comportamento anti-social, como o crime, o uso de drogas e violência de uma forma geral;

A crise do conceito de família, incluindo um aumento importante no número de divórcios, filhos ilegítimos, gravidez na adolescência, e famílias com pais solteiros;

Declínio considerável do envolvimento da população em geral com organizações de caráter humanitário;

Uma diminuição na ética de trabalho e um aumento do culto da indulgência pessoal;

Diminuição no compromisso relacionado com atividades intelectuais, com uma conseqüente diminuição dos níveis de escolaridade.

Ao mesmo tempo, quando olhamos para a situação da evangelização mundial, as estimativas mais conservadoras nos mostram que existem aproximadamente 10500 grupos étnicos no mundo. Desses, 43% são grupos não alcançados pelo evangelho, ou seja, aproximadamente 4500 etnias na África, na Ásia e nas Américas que ainda não escutaram o Evangelho.

Além desses grupos étnicos, países como a Inglaterra, Irlanda, Espanha, Alemanha, etc., que, em alguns casos, eram considerados cristãos, hoje precisam urgentemente da presença de missionários. Nestes lugares as “religiões” que mais crescem (se não contarmos o grande influxo de imigrantes muçulmanos) são o ateísmo e o secularismo.

Quando pensamos em grandes blocos religiosos, sem dúvida alguma o maior desafio está na pregação do evangelho aos muçulmanos, religião que possui atualmente mais de 1 bilhão de seguidores, muitos deles extremamente comprometidos com os ensinamentos do Alcorão e dispostos, se necessário for, a entregar a própria vida para que o islamismo, um dia, reine em todo o mundo.

Desafios materiais, morais e espirituais.

Sem dúvida alguma são desafios imensos. Não poderemos enfrentá-los com nossa própria força e sabedoria. Porém, nós podemos colocar nossa vida nas mãos de Deus, para que Ele a use na extensão do Seu Reino no Brasil e no mundo.

Você quer fazer parte?

Marcos Amado