
Nos últimos dias as recentes eleições presidenciais do Irã ocuparam um lugar de destaque na mídia nacional e internacional. Como resultado das suspeitas de fraude, milhares de iranianos, numa demonstração de inconformismo público até agora inimaginável num país controlado pelos poderosos aiatolás, saíram às ruas para pedir justiça. Até a metade da semana sete pessoas tinham perdido a vida.
Nosso presidente, numa entrevista concedida aos meios de comunicação em Genebra, minimizou a situação dizendo que o que estava acontecendo no Irã era apenas “uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”. Na verdade ele não está sozinho. Os governos da Coréia do Norte, Síria e Venezuela também acham que não houve nada de errado e já congratularam o presidente iraniano pela reeleição.
Os iranianos são os orgulhosos herdeiros do Império Persa, de milhares de anos atrás. Eles querem conquistar um lugar de destaque político e econômico no mundo, mas anseiam, ao mesmo tempo, por liberdade de expressão e justiça em todos os níveis.
Porém, muito além desta disputa política e social, se esconde outra realidade que raramente é mencionada pelos meios de comunicação: a perseguição que os cristãos iranianos sofrem desde que o Aiatolá Khomeini conquistou o poder no final da década de 70.
Nossos parceiros de ministério no Irã relataram, meses atrás, que um grande número de cristãos iranianos com os quais eles estão em contato está enfrentando muitas dificuldades. No final de janeiro uma das igrejas de Teerã foi fechada porque as autoridades estavam preocupadas com o número de ex-muçulmanos convertidos que estavam freqüentando a igreja. Além disto, as autoridades comunicaram aos líderes da igreja em Teerã e Karaj que os cristãos que deixassem o país para participar de conferências bíblicas ou cursos de discipulados seriam presos quando deixassem ou regressassem ao país.
Eles estão tentando usar o medo para controlar os cristãos. Isto sem contar aqueles que estão na prisão pelo “crime” de terem deixado o islamismo para seguir a Cristo.
Sem dúvida alguma precisamos orar por esta grande nação que durante tantos anos vive sob o regime do autoritarismo e do medo. Oremos por nossos irmãos iranianos, para que o Senhor lhes dê força e perseverança nos momentos de perseguição. Oremos para que, como igreja brasileira, sigamos tendo a visão de apoiar, de todas as maneiras possíveis, o corpo de Cristo que está no Irã e nos demais países muçulmanos.
Nele, para a extensão do Seu Reino,
Marcos Amado







